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O Mundo em Palavras

Histórias de verdade, amor e justiça.

O Mundo em Palavras

Histórias de verdade, amor e justiça.

O Amor sempre nos salvará

Luis, 28.11.24

Ontem passei por uma situação inesperada que está a ter um forte impacto positivo em mim. Acidentalmente, acabei a almoçar com uma rapariga estranha ao balcão de um restaurante em Leiria. Ela não era portuguesa e quando me sentei estava ao telefone com um amigo estrangeiro, ou seja, a falar em inglês.

Reparei nela mas não disse nada, ela já tinha acabado de almoçar e estava a pedir um café. Até que ela iniciou conversa comigo, falamos 30 minutos, de uma forma muito divertida e sem expetativas, até foi uma conversa séria, sobre trabalho, percurso profissional e algumas partes das nossas vidas que dificilmente se partilham numa fase tão inicial, como relações falhadas e mudanças de país por razões muito pessoais.

Acabei por lhe dar o meu número, não a quis confrontar com um pedido de número, passado uns minutos de ela deixar o restaurante enviou-me uma mensagem e, a partir daí temos estado em contacto, as mensagens tem sido divertidas e têm vindo a escalar, ao ponto de os dois já termos admitido que estamos com um crush um pelo outro.

Toda a interação tem sido muito fácil e recíproca, é como se ela estivesse mais interessa em mim do que eu nela ,mas na verdade o interesse é recíproco e com intensidade igual. É uma sensação boa porque ambos queremos e nenhum de nós se esforço para isto acontecer e nada está a ser forçado. 

É como se o amor estivesse presente e, desde que passei por esta situação, a fase difícil que tenho estado a passar não se tem manifestado, o que me leva a concluir que o amor, ou a sua possibilidade, sempre nos salvará.

A vida é uma construção diária

Luis, 25.11.24

Viver implica correr riscos a não ser que optemos por uma vida em que atingimos determinados objetivos e nos mantenhamos lá. Por exemplo, o empego para a vida, ao contrário do que dizem, o mesmo ainda é possível e a sempresas desemjam-no, não é fácil recrutar novas pessoas. Por outro lado, a vida é tão cheia de possibilidades que ficar sempre no mesmo sítio a fazer as mesmas coisas acaba por ser uma forma redutora de viver a vida.

Há pessoas que gostam de mudar, de aprender coisas novas e ir evoluindo, sempre passando por situações de maior risco, de stress, estas pessoas muitas vezes acabam por ser recompensadas pelos riscos que correm e muitas vezes acabam por cair em situações difíceis como estarem num emprego que não gostam ou a lidarem com a incerteza.

As pessoas que se deixam ficar no mesmo trabalho a vida toda, acabam por ter uma vida tranquila, por vezes monótona mas onde correrm menos riscos, tendo como compensação a previsibilidade das suas vidas.

Ambas são estratégias legítimas, sendo que a geração dos nossos pais foi mais da de manterem um trabalho a vida toda e a nossa é mais de mudar com alguma frequência, em busca de algo que falta no trabalho anterior.

Antes de mudarmos de trabalho devemos dar uma oportunidade ao que estamos a realizar e, devemos, também, tentar perceber se mudar é o melhor para nós, às vezes mudar não é a melhor opção, a melhor opção pode ser trabalharmos desntro de nós para descobrirmos a causa da nossa insatisfação que muitas vezes está alojada em questões internas por resolver e não em coisas exteriores relacionadas com o trabalho.

Escrevo sempre num rush, sem rever o que escrevo antes de publicar, quero que seja assim para ser o  mais próximo possível do que penso no momento.

Quando Não Somos Assim Tão Competentes Como Pensamos

Luis, 19.11.24

Todos nós temos a sensação de sermos muito mais competentes do que realmente somos. Todos nós achamos que quem critica o nosso trabalho tem algum problema de inteligência, porque, afinal de contas quem haveria de ter a lata de criticar o nosso trabalho tão excelente?

Tenho tido muitas críticas o meu trabalho ultimamente, infelizmente concordo que a qualidade do meu trabalho se reduziu, tal deve-se aos problemas de saúde mental que atravesso. Ser altamente profissional faz parte da minha identidade e, agora que não o estou conseguir ser tem sido muito difícil para mim.

Lidar com a saúde mental ocupa-me muito tempo, é a minha obsessão, ficar bom, fazer terapia e resolver os meus problemas. Mas, a verdade é que o mundo continua a girar e que o trabalho continua a ter que ser feito e, o futuro dessa mesma saúde mental depende de um trabalho bem feito.

É difícil mas, o trabalho pode também ser uma forma de lidar com a saúde mental se conseguirmos mergulhar nele. Neste momento não o consigo fazer, a saúde mental é o meu foco, às vezes penso que o melhor talvez fosse meter uma baixa para lidar com o assunto.

Tenho medo que se meter baixa a situação piore por não ter o trabalho para me apoiar, medo esse que me leva a não parar e a continuar mesmo com a qualidade do trabalho a cair.

Temos que não ter medo do trabalho com menor qualidade se isso for passageiro, recuperemos a saúde mental o mais rápido possível para voltarmos a entregar trabalho de grande qualidade.

A Depressão tem muitas Faces

Luis, 18.11.24

Depressão não é apenas tristeza, é uma tristeza prolongada que tem muitas faces, ela afeta a nossa autoestima, isola-nos dos outros e faz da nossa vida um vazio persistente. Ela também pode ser uma sensação de escuridão e de falta de esperança no futuro, como se nada tivesse solução e a perspetiva de futuro é a de um inferno permanente pelo qual não vale a pena viver. E muitas outras faces que ela usa para se manifestar.

É incrível como durante décadas ninguém falou em depressão, de certeza que ela sempre andou por aí e sempre afetou muita gente, tenho para mim de que a depressão afeta as melhores pessoas, aqueles que são capazes de pensar, de serem boas e de serem más. Uma pessoa que não tenha grande instrução dificilmente terá depressão, há uma certa complexidade de sentimentos e pensamentos que exigem alguma maturidade.

A mim, a forma que a depressão melhor encontrou de se expressar ao longo da minha vida foi através de um vazio persisitente que não me abandonava e que quando não estava presente era porque eu estava envolvido em alguma atividade grandiosa, atividade grandiosa que era sempre seguida por um vazio. A busca da grandiosidade é sempre acompanhada pelo vazio, é como se tivesse duas faces e para experienciar uma teríamos que experienciar a outra.

As pessoas narcisistas são fáceis de identificar, elas sempre deixam escapar a sua inveja ou ciúme pelas convretizações dos outros e, não desvalorizem estes comportamentos quando os identificarem. Uma das últimas vezes que identifiquei uma pessoa destas foi na véspera de ir de férias (férias em Março) em que ela me perguntou se ia a algum lado e eu respondi que ia para Tailândia passar uns dias com uns amigos, a cara da pessoa não conseguiu disfarçar a inveja. Esta cena ficou-me e, meses mais tarde, essa pessoa, noutro contexto atacou-me de forma propositada para me prejudicar. Os sinais estavam lá.

Estas pessoas são narcisistas e, a vida delas navega entre dois mundos, o mundo em que são invesncíveis e grandiosas e o vazio, aquele vazio que nos faz sentirmos ser nada e do qual tudo fazemos para fugir. A fuga a este vazio é perigosa, podemos engajar em todo o tipo de comportamentos perigosos para o fazer. Associarmo-nos a pessoas que não são boas para nós, experimentarmos coisas que nos podem fazer mal, etc.

A depressão está por aí, sempre esteve, saibamos identificar as suas faces para a podermos combater. É preciso ir ao psiquiatra, ao psicólogo, sem medos nem estigmas, é a nossa saúde que está em jogo.

O nosso futuro disso depende.

Crucifixem-me! Não Gosto de Vinho

Luis, 18.11.24

Por inúmeras vezes tentei gostar de vinho, quase sempre por peer pressure, porque toda a gente diz que é bom, que é sofisticado e sinal de boa educação. A verdade é que lá vou bebendo vinho em jantares mas o meu gosto pelo néctar não é o mais entusiasmante.

Por vezes dizer que não gosto de vinho cria choque nas pessoas, como é possível, é tão bom, sinal de boa educação bebê-lo e, acima de tudo há todo um mundo de sofisticação associado a ele. Pois a verdade é que eu não gosto!

As castas, os anos vintage, a região demarcada, os anos guardado em barricas, sabor frutado, todo esse vocabulário de entendedor que se esfrega na cara daqueles que não percebem nada do assunto como se eles fossem ignorantes. Não gostar de vinho e não perceber nada sobre o mesmo é sinal de que algo de errado há connosco. Não gosto de vinho mas adoro uma creveja fresca numa tarde de verão a ver o pôr do sol numa esplanada de praia, aí sim, consigo sentir a cerveja a matar-me a sede e a refrescar-me enquanto relaxo, o vinho não consigo perceber o prazer que me dá.

As mulheres adoram vinho, talvez não gostem assim tanto, penso que gostam da sofisticação que lhe está associado e, felizmente as mulheres são aspiracionais e gostam de coisas boas, gostam de status e de elevar os homens.

A verdade é que lá vou bebendo vinho e muitos desses jantares que tenho com entendidos sobre o vinho acabam por ser ótimos, simplesmente não vejo o porquê de tanto entusiasmo à volta do vinho.

Crucifixem-me.

Outono

Luis, 15.11.24

Chegou o Outono, esta semana não deixa dúvidas, o barulho da chuva confirma-o e a cõr das árvores também.

É uma altura do ano acompnahda de uma beleza singular mas ao mesmo tempo de uma tristeza que se acentua à medida que os dias vão ficando cada vez mais escuros, é como se estivessemos a morrer para voltar a nascer na primavera, tal como as árvores.

Daqui até 21 de Dezembro os dias vão estar sempre a minguar para depois voltarem a crescer até 21 de Junho, são dois ciclos opostos que a terra vive, num nasce e cresce, no outro amadurece e morre.

Ambos os ciclos são belos mas acompanhados por sentimentos opostos, num há o recolhimento, no outroa a expansão, num o ar livre no outro o aconchego do lar.

A vida é mais interessante com estas duas realidades opostas, numa trabalhamos na outra divertimo-nos. Se bem que agora trabalhasse o ano inteiro, até em Agosto. Que saudades das férias de verão da escola, duravam três meses e tudo era possível, até ter saudades da escola.

Agora é o outono que aí vem e, o Natal já espreita, o pai Natal, os presentes, os jantares e os bons sentimentos por todos os que nos rodeiam.

Vamos aproveitar o outono enquanto nos preparamos para o Natal e o frio que aí vem.

Horror ao Coffee Break

Luis, 15.11.24

Quando vamos sozinhos a uma conferência e chega o momento do coffee break, o horror apoderasse de nós. Vamos ter que estar meia hora, ou mais, no meio de estranhos a tentar fazer conversa com alguém para não parecermos estranhos. É um momento muito desgastante para o qual cada um de nós definiu a sua abordagem.

Eu sou uma pessoa que não gosto muito de falar, muito menos sobre mim, sou mais de ouvir, por isso nestes momentos a minha táctica é encontrar alguém sozinho, apresentar-me e fazer uma questão de abertura e prosseguir a partir daí. Geralmente as pessoas são simpáticas e falam abertamente e com muito entusiasmos mas, em mim acontecem duas coisas, a primeira é a de que começo a sentir-me um vampiro que apenas está a tirar da pessoa para se alimentar e a segunda é a de que a partir de certo momento a pessoa começa a aborrecer-me e tenho a impressão de que as perguntas que faço a partir de certa altura são sem interesse e que o meu interlocutor percebe isso.

A última vez que estive nesta situação em inspirado pelos recentes avanços no meu autoconhecimento, experimentei uma coisa diferente. Fui ao coffee break, tirei o meu café e os meus snacks e fui dando umas voltas pelo local, parando aqui e acolá, sem pressão de falar com ninguém e não me sentindo estranho, a verdade é que ninguém repara muito em nós, está tudo preocupado com a sua própria insignificância, ou seja, em parecer muito interessante e em não parecer estranho.

Agir assim fez-me sentir bem, tomei o meu café, comi o meu snack, dei uma ou duas voltas pelo recinto, fui parando aqui e acolá e cumprimentando uma ou outra pessoa. Após algum tempo voltei ao meu lugar e esperei uns 10 minutos pelo retomar doa trabalhos, outras pessoas também já se tinham sentado nos seus lugares e estavam a ver o telemóvel, foi o que também fiz. 

O interessante é que observei que eram as pessoas com maior proeminência na conferência as que já estavam sentadas nos seus lugares, fazendo com que uma possível pressão que se apoderasse de mim por me sentar desaparecesse.

Estes coffee breaks são importantes para aprendermos a lidar com a pressão que a sociedade exerce sobre nós, temos que a dominar para não sermos dominados pelos outros, só assim poderemos ser um pouco livres neste mundo de regras e regrinhas que nos tentam aprisionar.

Ir jantar sozinho é uma boa forma de ganhar este músculo.

A Cara da Pessoa que Amamos

Luis, 14.11.24

Pensar na cara da pessoa que amamos é das coisas mais belas que há. Aquele sorriso que nos enche a alma e espalha felicidade pelo nosso corpo, aquela cara trsite que nos comove todo o coração e nos faz compadecer por ela, esse é o efeito de pensar na cara da pessoa que amamos.

Nessa cara vemos tudo aquilo que é importante para nós, os valores, a dignidade, a beleza, a ética, a paixão, a delicadeza, a esperança e a vontade de viver, tudo isso está nessa cara.

A questão que se levanta é se é nessa cara que estão esses valores ou se eles estão dentro de nós e essa cara apenas os revela, será que vemos esssas coisas noutras caras? 

No meu caso se fizer esse exercício com pessoas que am o noutro contexto, pais, por exemplo, já não é assim, vejo outros valores, dedicação, amor, disciplina, cuidar e bondade, valores diferentes em pessoas diferentes.

Os valores que identificamos nas pessoas que amamos são nosso e delas, por isso é que nos amamos, porque há essa compatibilidade, no caso dos pais, são os valores que nos são transmitidos e que provavelmente serão os que transmitiremos aos nossos filhos.

O nosso quadro de valores é diferente em função do contexto, se for amor romantico é um, se for família nuclear é outro, se for amigos é outro e se for trabalho é outro. Apesar de quadros de valores diferentes, há valores que são comuns a todas as situações, como dedicação, dignidade, paixão, disciplina, bondade, entre outros.

Quanto mais os nossos valores coincidirem em cada situação mais autenticos somos porque menos os nossos valores variam de situação para situação. O ideal será viver num mundo em que nos expressamos no amor, na família, com os amigos e no trabalho da mesma forma.

Isso nem sempre é possível, principalmente no trabalho, porque aí vamos encontrar pessoas com quadros de valores diferentes com os quais os nossos vão entrar em conflito, por isso o  undo do trabalho ser tão difícil para as pessoas autenticas, estas têm que adaptar o seu quadro de valores para sobreviver, devem fazê-lo sem mas manter sempre alguns valores inegociáveis. 

Uma pessoa nunca pode fazer um bom acordo com uma pessoa má.

Mantenhamos fiéis aqueles que partilham os mesmos valores que nós e tenhamos cuidado com aqueles que têm valores diferentes, na certeza de que se não formos cuidadosos vamos ter problemas.

A Felicidade é uma fórmula Matemática

Luis, 13.11.24

A felicidade tem uma fórmula e acontece quando duas coisas estão alinhadas, o que acontece dentro de nós e o que acontece fora, ou seja, quando o que nós somos é igual ao que estamos a fazer. Por vezes, quando estamos  a fazer uma tarefa de que gostamos esquecemo-nos de tudo o resto, ficamos de tal maneira absorvidos que deixa de haver diferença entre nós e o que estamos a realizar, são ambos a mesma coisa, é nestre momento em que o interior é igual ao exterior que a felicidade se manifesta, a felicidade não é mais do que aquela atividade que fazemos com tanto prazer que a mesma poderia durar para sempre que nem nos aperceberíamos de tal.

Não é uma sensação que experiencemos com muita frequência, acontece raras vezes quando estamos absorvidos com algo de que gostamos muito, um concerto, preparar uma apresentação, estudar um tema que gostamos, conversar com um amigo sobre algo muito interessante, etc. Quando a felicidade está presente, esquecemo-nos de nós próprios e todo o nosso foco está aí.

A mim acontece-me quando estou a escrever, poderia dizer que este é um desses momentos mas, a simples perceção disso faz com que não o seja, a perceção de nós está ausente quando estamos a experienciar a felicidade. Neste sentido, a felicidade é uma experiência e não um sentimento permanente, não é algo que esteja fora ou dentro de nós, está na experiência de harmonia entre o que está fora e o que está dentro de nós.

A amizade é uma boa forma de experienciar a felicidade, das coisas que mais leva à experiência da felicidade é quando duas ou mais pessoas experienciam o crescer juntos num determinado objetivo. É por isso que fazemos muitos amigos na escola e na faculdade, aqueles trabalhos de grupo que são divertidos por estarmos juntos, acabam por ser uma plataforma para as pessoas que nele estão envolvidas crescerem juntas e esse crescimento é uma das forma que a felicidade encontra par se expressar.

Busquemos ver menos séries, notícias, entretenimento e procuremos mais atividades que nos levem a focar no exterior e no interior de nós, como por exemplo um passeio no parque, tocar um instrumento ou escrever um poema.

Num dos próximos posts vou escrever um poema.

Porque queremos agradar aos outros

Luis, 13.11.24

Todos nós tentamos agradar aos outros, agradar aos outros é tão humano como socializar, alguns de nós levam esta necessidade ao extremo esquecendo-se de si e pondo os outros acima de si próprios apenas para lhes agradar e, porque é que alguém faz tal coisa?

Todos nós temos episódios na infância em que fomos abandonados, por exemplo, imaginem que os vossos pais vos deixavam 30 minutos sozinhos por dia enquanto iam buscar o vosso irmão à escola ou às compras. Esses 30 minutos para uma criança pequena são uma eternidade e, multiplicado por vários dias transformam-se num trauma, crescemos com o medo irracional de sermos abandonados e isso reflete-se na forma como tentamos agradar aos outros, para eles não nos abandonarem e manterem-se na nossa vida.

Temos que descobrir porque é que temos medo de sermos abandonados senão vamos estar sempre a tentar agradar aos outros como se a nossa vida dependesse disso e, no limite, corremos o risco de deixar entrar pessoas indesejadas na nossa vida só porque elas nos dão alguma atenção e precisamos disso.

Ser independente, ou seja, só precisarmos de nós próprios é uma das chaves para uma vida saudável e bem vivida, temos que nos livrar da necessidade de precisar dos outros. Isto faz-se revivendo os momentos em que nos sentimos abandonados, experienciando-os e dando-lhes um novo contexto, precisamos, para isso de saber que temos alguém que estará sempre lá, incondicionalmente, pode ser o terapeuta, temos que trazer essas memórias e dar-lhes uma nova perspetiva.

Esse abandono que em criança nos parecia muito longo hoje em dia, como adultos, não era nada de especial, contudo crescemos com esse trauma e isso foi fazendo parte de nós à medida que crescemos e, como nunca o enfrentámos, passou a ser parte de nós.

Se queremos viver o melhor possível, temos que mergulhar dentro de nós e perceber que a criança dependente já não existe e que o adulto que somos consegue ser independente assim que perceba que a criança cresceu e já não precisa dos outros para se adaptar ao mundo, é capaz de o fazer sozinho.